domingo, 30 de agosto de 2009

Capítulo 5

Antes de tudo... Desculpem pelo formato. Não consegui deixar tudo certinho, com os parágrafos e tudo o mais =\


Capítulo 5

COMENTEM!



Na manhã seguinte, tivemos duas aulas seguidas de Matemática. Mas a minha felicidade acabou na hora em que a Rita entrou na sala e começou a lembrar-nos do lindo e maravilhoso trabalho. Eu passei a aula inteira fazendo os deveres de Matemática.
-Quando você vai fazer o trabalho? –perguntou Drica.
-Amanhã.
-Na casa dele?
-É...
-Passa lá em casa depois?
-Tá bom.
O sinal bateu e nós fomos para a frente da escola. Meu irmão estava do lado de fora me esperando.
-Quem é a garota? –perguntei curiosa.
-Aquela é a que eu fiquei. –falou, apontando para a Catarina.
-Não acredito!
-E aquela é a menina mais linda da sua escola.
Ele apontou para uma garota morena de olhos castanho-claros e cabelos ondulados. Era a melhor amiga de Lucas. Ela era muito bonita mesmo. E também odiava sua namorada. Eu sempre ouvia a Catarina reclamando com o Lucas sobre a Thalita.
-É a Thalita. E ela odeia a garota com quem você ficou. E a garota com quem você ficou tem namorado. –expliquei, sorrindo.
-Que confusão! Vou falar com ela.
-Vai falar o quê?
-Não sei. –ele saiu e foi em direção à menina.
Olhei para o lado. A loira estúpida estava olhando a cena com curiosidade. Lucas estava ao seu lado e não percebia nada. Como ele era lerdo! A Thalita estava dando atenção a ele. Meu irmão é o cara!
-Ela aceitou sair comigo! –contou, rindo.
-Você...Como você consegue essas coisas? –eu estava estupefata.
-Papo, maninha. Vamos embora?
Como ele conseguia fazer essas coisas com as garotas? E como ela aceitara sair com um garoto que ela acabou de conhecer? Olha quem está falando! Eu vou sair hoje com um garoto que conheci ontem. É, Lia, você não pode falar dela. Chegamos em casa e fui fazer os deveres.
-Você vai sair com o Daniel hoje? –ouvi uma voz atrás de mim perguntar.
-Como você sabe?
-Eu sei tudo, Lia.
-Ele falou?
-Claro que falou. Ele veio perguntar pra mim se tinha algum problema.
-E o que você falou?
-Eu falei que não.
-Como vocês se conheceram, se as aulas ainda não começaram? –perguntei curiosa.
-Quando fui fazer a inscrição.
-O ano mal começou e eu não agüento mais a escola. Você acredita que me passaram um trabalho de Literatura sobre amor e destino?
-Ah, Literatura é legal!
-Literatura é chata. –bufei.

A campainha tocou, eu estava pronta. Havia colocado um vestido preto com decote em V. Seu cumprimento era um pouco acima do joelho. Resolvi deixar o cabelo solto e coloquei um salto alto.
-Você está linda! –comentou Daniel ao ver-me.
-Obrigada.
-Vamos?
-Vamos.
Nós descemos de elevador e chegamos à garagem. Ele tinha um Eco Sport vermelho. Eu amava aquele carro. Abriu a porta e nós fomos a um restaurante não muito longe de casa.
-Não acredito que estou entrando em um restaurante japonês.
-Acredite.
Entramos. O lugar era pouco iluminado e bem aconchegante. Nós sentamos em uma mesa no fundo do restaurante.
-Vamos ver o que eu vou pedir pra você... –comentou, olhando atentamente o cardápio.-Por favor, me vê duas porções de camarão empanado. –pediu para o garçom.
Coitado, achando que ia me obrigar a comer alguma coisa que eu não gostasse. Eu amo camarão. Mas para não fazê-lo mudar de idéia, fiz uma cara de emburrada.
-Eu não gosto de camarão. –menti, quando o homem saiu do local.
-A gente pode pedir um Sushi então.
-Não! –exclamei.
-Você gosta de camarão. Foi por isso que eu pedi. –confessou, rindo.
-Como você sabe que eu gosto? Ah... Você foi perguntar pro Vini, não é?
-Exatamente. Menina inteligente. E só pra deixar claro, eu gostei do pão com leite condensado. –admitiu, abrindo um sorrido ainda maior.
-Você trapaceou! –eu fiz uma cara de vítima.
-Se eu falasse que tinha gostado, você não teria saído comigo. –contou, sorrindo maliciosamente.
Essa frase me deixou mais confiante. Eu sorri envergonhada e ele ficou me fitando diretamente nos olhos. Daniel levantou e se sentou ao meu lado. Eu fiquei olhando aqueles olhos grandes e verdes por alguns segundos até que ele me beijou. Confesso que foi o melhor beijo que eu já tinha dado. Ele era engraçado e eu gostava de sua companhia.
-Valeu a pena ter trapaceado? –perguntou, após descolar os lábios dos meus.
Eu assenti com a cabeça e o beijei novamente. Quando abri os olhos e olhei ao redor do restaurante, avistei Catarina e Lucas nos observando na mesa ao lado. Eles estavam no mínimo surpresos. Eu voltei a olhar para Daniel e nós ficamos conversando. Comemos e depois o garoto me deixou em casa. A noite tinha sido legal e ele era ótimo. Mas eu precisava dormir. Amanhã, o dia ia ser entediante. Entrei em casa e o Vinícius começou a encher-me de perguntas.
-Só vai entrar quando me contar. –e bloqueou a porta do meu quarto com os braços.
-Não tem nada pra contar. –tentava empurrá-lo, rindo.
-Claro que tem. Fale, Lia.
-A gente ficou. Era isso que você queria saber? –contei baixinho.
-Eu sabia que isso ia acontecer!
-Tudo bem, maioral, deixe-me dormir agora.
-Boa noite, pegadora.
-Boa noite, praga.
Eu entrei no quarto, tomei um banho rápido e fui dormir.